quarta-feira, maio 28

Peter Greenway

Greenway me faz lembrar aqueles artistas construídos que só conseguem emplacar um sucesso por toda a carreira. O primeiro filme seu que assisti foi o maior que o diretor fez, na minha opinião. Em nome e em força de imagens, texto e música: O Cozinheiro, o Ladrão, a Mulher e o Amante. Quando terminei de assistir as duas horas de várias idéias perfeitamente interligadas, pude voltar a respirar, e antes de retomar completamente o fôlego, me convenci que estava diante de um futuro mito. Um novo Kubrick, me precipitei a concluir. Alguém com sangue novo, que veio pra inovar.

Ledo engano... Percorri as prateleiras atrás de outras obras que confirmassem minha expectativa. Mas infelizmente nada encontrei. Diálogos evasivos, núcleos que não se completavam, atores sem uma direção convincente. Enfim, filmes que não sabiam direito para aonde ir. Fiquei decepciondo. Uma homenagem para Fellini, que era mais qualquer outra coisa do que isso; uma crítica à Hollywood, usando os mesmos elementos que levam o filme para uma auto contradição fatídica; e um trabalho mais que chato sobre uma mulher-livro, que na verdade nem sei se é isso, pois por mais que eu me esforçasse, não consegui assistir 40 minutos do filme.

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